Autor: Celso Japiassu
Os crimes da internet
A Cambridge Analytica, onde trabalhava o notório ativista de extrema direita Steve Bannon, explorou profundamente em suas campanhas ‘fake news’ destinadas a dirigir o voto nas campanhas eleitorais em que ele foi o responsável pela estratégia
Leia maisA Europa no vale das sombras
Há quem afirme que a decadência da Europa teve início com a sua incapacidade de impedir, em fins do século19 e início do século 20, a aparição de uma direita que degenerou no fascismo e no nazismo. Teve de contar com a intervenção dos Estados Unidos e da União Soviética, o que consolidou sua trajetória de decadência
Leia maisChamadas para fim do mundo
Em Nova Iorque existe um relógio que não informa as horas. Exibe uma contagem decrescente e avisa quanto tempo resta para o ponto de não retorno, quando de nada adiantará qualquer esforço para evitar a destruição do mundo tal como a humanidade o conheceu até agora. Pois talvez não exista mais a humanidade.
Leia maisMomento poesia: A tarde e um novo dia.
O menino investigava a tardee o silvo das locomotivas avisava:o pai chegava, ia escutá-lo,ouvir a sua voz e seu silêncio. Os míticos lugares, as distâncias,tudo emoldurava um pôr-de-sol chuvoso,cortado de andorinhas,acentuando o desmaiar do dia. A terra, parto de segredos,despertava com as nuvens carregadas,com os sapos, os insetos, plantase o verde em brilho dos canaviais.
Leia maisA visão distópica do mundo
As recentes eleições nas províncias alemãs e para o governo da Espanha levantam mais uma vez a preocupação com o futuro da Europa. Os partidos neonazifascistas apresentam-se hoje com votações acima de 15 por cento em 19 países e só não possuem representantes nos parlamentos da Lituânia, Malta e Irlanda. Cada vez mais a atuar como aliada preferencial da direita tradicional, a extrema direita articula-se em frentes, elabora planos internacionais e confia no que acredita ser inevitável: a conquista do poder em todos os países. É o vislumbre de um mundo sombrio, distópico e miserável.
Leia maisO continente fecha as suas portas
Os partidos políticos de cunho neofascista e outros também do campo da extrema direita acusam os imigrantes da falta de emprego, da criminalidade crescente, pelo ódio religioso e pelos ataques terroristas. O discurso populista e demagógico atrai grande parte dos eleitores de classe média e aqueles partidos radicais estão a chegar ou já estão no poder na Hungria, Polônia, Áustria, Itália, Suíça, Dinamarca, Noruega. Na França, o neofascista Rassemblement National (em português ‘Reagrupamento Nacional’), liderado por Marine Le Pen, é o novo nome do Front National (‘Frente Nacional’). Chegou perigosamente em segundo lugar nas últimas eleições para a Presidência da República
Leia maisOs crimes contra o jornalismo
Nos últimos cinco anos, 22 jornais pelo mundo foram fechados devido à pressão de governos em represália a matérias publicadas contra seus interesses. Muitos conseguiram sobreviver precariamente em edições online depois de terem colaboradores presos, sofrerem censura direta, perseguições fiscais e muitos processos judiciais que os inviabilizaram. Fica às vezes no público a impressão de que o fechamento foi devido a má administração ou desinteresse dos leitores quando na verdade foram sufocados e, podemos dizer, assassinados
Leia maisO submundo da política
São jovens entre 16 e 25 anos que formam a mais aguerrida militância dos movimentos neonazistas. Mas estes movimentos não existem apenas na Alemanha, onde talvez tenha sido o seu berço. Espraiaram-se por praticamente todos os países da Europa e já mostram força nos Estados Unidos, que amam ver-se a si próprios como os campeões da liberdade, a ponto de terem feito guerras contra outros países sob o pretexto de implantar a democracia
Leia maisO cenário das crises, o teatro das guerras
O fim da Segunda Grande Guerra viu crescer em importância a luta dos partidos de esquerda, principalmente os comunistas. Eles foram a espinha dorsal da resistência à dominação nazifascista na Europa e ressurgiram como partidos de massas. Representaram uma pressão de grande força para as reformas sociais que os governos sociais-democratas foram obrigados a realizar em favor dos trabalhadores.
Leia maisRefugiados, o naufrágio da Europa
No ano passado, mais de 2.500 pessoas morreram afogadas só no Mediterrâneo. Em 2023, até agora foram registrados perto de 1.200 mortes ou desaparecimentos
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