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Programas 12 a 19 de Janeiro

Programas 12 a 19 de Janeiro

No saldo dos acontecimentos de vandalismo, ao menos até agora, uma fortuna em obras de arte é devida pelos criminosos(as) à população brasileira expropriada. A tela de Di Cavalcanti, sete vezes perfurada, os trabalhos de Frans Krajberg e as esculturas de Bruno Giorgio são obras valiosas no mercado internacional e de domínio público. Não à…

* Terrorismo: por enquanto o programa é o balanço provisório do grande prejuízo produzido pelos terroristas e pelas terroristas golpistas em Brasília, domingo passado. No saldo dos acontecimentos de vandalismo, ao menos até agora, uma fortuna em obras de arte é devida pelos criminosos(as) à população brasileira expropriada.

* A tela de Di Cavalcanti, sete vezes perfurada, os trabalhos de Frans Krajberg e as esculturas de Bruno Giorgio são obras  valiosas no mercado internacional e de domínio público. Propriedade de cada um(a) de nós, assim como móveis, acessórios, tapeçarias, lustres etc criados especialmente para  edifícios de governo da capital em 1960/70. No caso do Palácio dos Arcos, obras selecionadas por Wladimir e Taís Murtinho, de Pedro Corrêa de Araújo, Sérgio Rodrigues, Bernardo Figueiredo, Mary Vieira, Franz Weissmann, Roberto Burle Marx, Alfredo Volpi, Athos Bulcão, Sérgio Camargo, Ana Maria Niemeyer.

*Não à Anistia é o grito que não vai calar e permanecerá nas  manifestações de protesto coletivo,  nos próximos tempos.

* Daqui a algum tempo o visitante do Palácio do Planalto poderá admirar, novamente, o quadro de Djanira da Motta e Silva, Orixás, retirado pelo ex-governo federal da parede do Salão Nobre, alvejado com caneta e levado para uma sala de reserva técnica. Orixás foi removido do local em um ataque às religiões afrodescendentes. Restaurado, ele voltará ao lugar de origem como “sinônimo de respeito e liberdade religiosa”, diz o biógrafo da pintora, Gesiel Júnior. ”Djanira representa a força da arte brasileira, a tolerância religiosa e o nacionalismo”, ele lembra.

* “Boa Tarde, Povo Brasileiro”: o Presidente Lula cumprimentou a multidão com essa epígrafe histórica, na festa da sua posse. Um agradecimento afetuoso aos corajosos vigilantes que o acompanharam defronte da Superintendência Regional da Polícia Federal, em Curitiba, durante 580 dias de encarceramento, que o saudavam e o encorajavam todas as manhãs com um inesquecível ”Bom Dia, Presidente”.

* Inaugurada a exposição Brasil do Futuro: as formas da Democracia, até 26 de fevereiro no Museu Nacional, em Brasília. Mostra a ”beleza da democracia nas suas variadas manifestações”, diz uma das curadoras da mostra, a historiadora e antropóloga Lilia Schwarcz, ”reunindo obras de negros, negras, indígenas, artistas da comunidade LGBTQIA+, criadores populares e históricos a fim de ressignificar a Bandeira do Brasil de maneira afetiva”. Entrada gratuita. Programa mais que nunca necessário.

*O livro Arrabalde, Em Busca da Amazônia, de João Moreira Salles, trata do maior bioma nacional através de relatos, entrevistas e pesquisas e das mais variadas percepções da Amazônia daqueles com ligação com esse território. O relato chama atenção para a Amazônia produtora de 20% da água doce do planeta e onde existem cerca de 16 mil espécies de árvores; território ocupado desde a década dos anos 60. O autor evidencia a falta de curiosidade e afeto que pautou os modelos de exploração do bioma, devastado e reduzido à lógica das economias extrativistas. É uma leitura necessária.

* Um filme especial e enigmático, assinado pelo cineasta egípcio Atom Egoyan, está na plataforma Mubi. À procura, de 2014, é excelente. E outro filme, do diretor alemão  de origem turca  Fatih Akın, que despontou para a fama internacional em 1998,  com Short Sharp Shock: relato complexo da vida de imigrantes no fascinante porto de  Hamburgo. Akin já ganhou o Urso de Ouro no Festival de Berlim.

* Os concertos Candlelight trazem um modo especial à  experiência musical em alguns dos locais mais bonitos do Rio de Janeiro. O concerto do dia 18 deste mês apresenta clássicos do rock no Museu do Amanhã (Praça Mauá) iluminado por um mar de velas. Duas sessões, às 18 e às 20 horas. Duração: 60 minutos.

* Até agora repercute o emocionante discurso de posse do atual Ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Luiz Almeida, enfatizando o valor de cada brasileiro; em particular os mais vulneráveis. ”Todos eles valiosos para nós”, disse o ministro. “O Brasil ainda não enfrentou a contento os horrores da escravidão, como outros traumas também que se avolumam sobre nós, o que permite que suas obras – da escravidão e desses traumas – se perpetuem na forma do racismo, da fome, do subemprego e da violência contra homens e mulheres pretas e pobres desse país. Assim como muitos, desejo seguir em frente, mas jamais aceitaremos o preço de silenciar e da injustiça. A verdadeira paz será aquela que construiremos com a verdade, com o cultivo da memória e a realização da justiça”.

Braços para a colheita é o título do livro de Cláudia Tessari, professora de Economia da Universidade Federal de São Paulo, com o tema ‘história econômica brasileira e a transição do trabalho escravo para o trabalho livre na grande lavoura’. O livro trata das mudanças nas condições de trabalho que afetaram profundamente a sociedade brasileira na virada do século XIX para o XX.

* Atenção: quem for até o Estádio Jornalista Mario Filho, no Rio de Janeiro – mais conhecido como o gigante Maracanã -, ou passar por ele em direção à Zona Norte da cidade, estará percorrendo não mais a Av. Radial Oeste, mas a recém batizada Avenida Rei Pelé, nova e justa denominação da importante via.

* O Grupo de Estudos Multidisciplinar da Ação Afirmativa (GEMAA) é um núcleo de pesquisa (com inscrição no CNPq e sede no IESP-UERJ). Criado em 2008 com o objetivo de produzir estudos sobre ação afirmativa, o GEMAA hoje desenvolve diversas investigações sobre as desigualdades de raça e gênero na educação, na mídia, na política e em outras esferas da vida social. Algumas das  principais iniciativas nos próximos meses serão as suas pesquisas sobre diversidade racial e de gênero no cinema brasileiro e diversidade racial e de gênero nas novelas brasileiras. Para inscrições:  gemaa@iesp.uerj.br/ Na Rua da Matriz, Botafogo, no Rio de Janeiro.

* Ótimo programa: estreou na plataforma HBO Max o documentário  O Ataque ao Capitólio produzido e dirigido pelos irmãos Jules e Gédéon Naudet rememorando os acontecimentos do dia 06 de janeiro de 2021, no Capitólio americano, após o resultado da última eleição presidencial norte-americana e a derrota de Donald Trump. O doc também está disponível na discovery+.

* Belo filme brasileiro a ser visto de quando em quando. Não cansa. O som ao redor, de Kleber Mendonça Filho, um cult do cinema brasileiro, está comemorando dez anos de sua estréia no circuito comercial. Foi exibido em dezenas de países, ganhou 38 prêmios em festivais internacionais e nos EUA ganhou o título de Neighboring Sounds. A partir desse trabalho Kleber partiu para Aquarius e Bacurau, este co-dirigido por Juliano Dornelles, que conquistou o Prêmio do Júri em Cannes, em 2019. O som ao redor está em cartaz em várias sessões no Cinema do Porto, em Recife e na Netflix.

* Jornais clandestinos e alternativos, raros, instrumentos de luta e de resistência contra a ditadura civil-militar e publicados durante o período foram disponibilizados pelo Instituto Vladimir Herzog em acervo digital. Os periódicos tratam de temas preciosos ainda hoje: fake news e direitos para membros da comunidade LGBTQIA+, mulheres, pretos e indígenas. O novo acervo, gratuito, é aberto ao público e conta com 42 entrevistas gravadas com profissionais que atuaram na produção jornalística de resistência. Entre eles, a cartunista Laerte.

* O Museu do Ipiranga acaba de reabrir depois das festas de fim de ano. Os ingressos (podem ser reservados pela internet ou retirados na bilheteria) permanecem gratuitos e podem ser trocados por um quilo de alimento não perecível. Uma ação contra a fome em parceria com o Mesa Brasil Sesc/São Paulo. E a prorrogação da gratuidade se estende até março. 


(L.M.A.R.)
As informações acima são fornecidas por editoras, produtoras e exibidoras.

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