Programas – de 18 a 26 de julho
*Em carta aberta, a mídia internacional, incluindo BBC, CNN, AFP e o NYTimes, pede a Israel que “respeite os seus compromissos com a liberdade de imprensa, proporcionando aos meios de comunicação social acesso imediato e independente a Gaza“. Reivindicam cobrir o conflito, “o melhor possível, aliviando colegas jornalistas palestinos que cobrem a guerra desde o início pagando caro com as suas vidas”.
*Esses meios de comunicação exigem às autoridades israelenses suspender restrições impostas à entrada de meios de comunicação estrangeiros em Gazae conceder acesso independente às organizações de imprensa internacionais que pretendam visitar o território.
*Em nove meses de guerra, “os jornalistas internacionais ainda não têm acesso a Gaza, com exceção de raras viagens sob escolta do exército israelense”, denunciam o jornal Guardian e a CNN, entre outros (Associação CAPJPO – Europalestina).
*O presidente Lula nas redes sociais: “É estarrecedor que continuem punindo coletivamente o povo palestino. Já são dezenas de milhares de mortos em seguidos ataques desde o ano passado, muitos deles em zonas humanitárias delimitadas que deveriam ser protegidas. Nós, líderes políticos do mundo democrático, não podemos nos calar diante desse massacre interminável”.
*A filosofia de Byung-Chul-Han, autor do best-seller A Sociedade do Cansaço, continua estudada e pesquisada nos quatro cantos do mundo. Esta semana, neoliberalismo, saúde mental e esgotamento em excesso são os temas da aula de Lucas Nascimento Machado, no Instagram da Casa do Saber. Machado é professor substituto de História da Filosofia da UFRJ, especialista da obra do coreano radicado na Alemanha, e já traduziu os livros Favor fechar os olhos: Em busca de um outro tempo e Vita contemplativa ou sobre a inatividade, de Byung-Chul-Han (Ambos da Editora Vozes)
*O abrigo do tempo, de Henri Arraes Gervaiseau, um ensaio sobre a história do cinema, é obra destacada na área dos estudos cinematográficos. Para o critico e professor da USP, Ismail Xavier, autor do prefácio do livro, “compõe um diálogo entre obras fundamentais na história do cinema e do vídeo, conciliando um percurso que atravessa o século XX, dos Irmãos Lumière a Jean-Luc Godard, com uma notável unidade no estudo do documentário como experiência do tempo em suas múltiplas formas”. André Parente, cineasta e professor da UFRJ, na orelha do volume, afirma: “Assim como para Henri Langlois, Jean-Luc Godard e Alain Badiou, também para Henri Arraes Gervaiseau o cinema desempenha papel essencial no aprendizado da vida dos homens” (Editora Alameda).
*Agenda para dubladores e interessados nessa atividade profissional: começa dia 28 de setembro próximo, a DublaCon 24, convenção de dublagem que homenageia a Dublagem VIVA, movimento organizado por profissionais do setor em prol da regulamentação do uso de inteligência artificial na dublagem de séries, filmes, animações e games. No Teatro UNICID, São Paulo, Av. Imperatriz Leopoldina, 550, Vila Leopoldina. Ingressos disponíveis no site do evento (clique aqui).
*Em pré-venda, o primeiro livro em prosa de Mahmud Darwich, Diário da tristeza comum, escrito em 1973. São nove ensaios autobiográficos que recuperam o passado do poeta palestino, da infância até sua vida no exílio, em meio à sociedade do colonizador israelense. O posfacio é de Milton Hatoum (Editora Tabla).
*“No próximo dia 6 de agosto”, escreve o professor do Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp, Francisco Foot Hardman, no site GGN, “o Conselho Universitário da Unicamp deve deliberar se susta as atuais relações com uma das instituições empenhadas no massacre em Gaza, a Technion. Segundo conhecimento público, ela participa ativa e estrategicamente da produção de tecnologia militar de ponta e dos ataques perpetrados pelo atual governo israelense contra a população civil palestina. Continua o professor: “Nenhum pretexto tecnológico-científico pode justificar que a Unicamp seja parceira, real ou simbólica, de tamanha barbárie contemporânea. (…) “Ocorre que, em malfadada hora, a Unicamp firmou um convênio de cooperação acadêmica, em agosto de 2023, com o Instituto de Tecnologia de Israel (Technion), sediado em Haifa”.
*Vem aí O Mensageiro, novo filme de Lucia Murat. Com a trama que se passa durante a ditadura militar no país, em 1969, o longa-metragem narra a história do soldado que aceita levar uma mensagem de Vera, presa política em uma fortaleza militar durante a ditadura, para a sua família. O filme trabalha sobre a possibilidade de comunicação entre duas pessoas solitárias. “O que fazer, hoje, com essa memória, que no Brasil é escondida?” indaga Murat.
*Um bom programa para este mês é prestar atenção na chamada da Mostra Cinema e Direitos Humanos para inscrição de jovens curadores interessados em curadoria cinematográfica de produções com temática de direitos humanos. E também de diretores de curtas metragens com duração de até 20 minutos e finalizadas a partir de 2022. Inscrições aqui.
*Nesse sábado, dia 20, o Presidente Lula estará na convenção eleitoral que vai definir, oficialmente, Guilherme Boulos como candidato a prefeito da capital paulista, e Marta Suplicy, candidata a vice-prefeita. No Expo Center Norte de São Paulo, às 14 horas. Os portões serão abertos às 13 horas. Inscreva-se clicando aqui e chegue cedo. São esperadas milhares de pessoas nesse evento.
*O programa é a expectativa, que cresceu nos últimos dias, do lançamento do segundo volume da biografia do Presidente Lula escrita por Fernando Morais, em produção. Nesse segundo tomo, depois do primeiro, lançado em 2021, devem ser incluídas novas informações obtidas dos registros estadunidenses sobre o monitoramento de Lula por diversas agências norte-americanas.
*Programa trazendo algum otimismo: a recente intensificação dos trabalhos e combate aos incêndios e o alíviometeorológico com o avanço de uma forte massa de ar frio pelo continente ajudando a frear o fogo no Pantanal. Segundo a ministra do Meio Ambiente e do Clima, Marina Silva, dos 54 incêndios registrados na região, 30 deles foram extintos até o último dia 7, ou seja, 55% do total. Dos 24 ainda ativos, 13 estão dominados, segundo a Ministra, com o fogo cercado por uma linha de controle.
*Condições e dados estarrecedores apresentados pelo secretário-geral da ONU, Antonio Gutierrez, em conferência para angariar fundos para a Agência das Nações Unidas para Refugiados da Palestina no Próximo Oriente, a UNRWA: “Os habitantes de Gaza são forçados por Israel a se moverem como se fossem bolas de pinball humano em uma paisagem de destruição e morte. Quando pensávamos que as coisas não poderiam piorar, estão sendo empurrados para círculos cada vez mais profundos do inferno. Cento e noventa e cincofuncionários da UNRWA foram mortos, o maior número de mortes de funcionários na história da ONU”.
*Imagem: Marcos Diniz
Jornalista.