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Programas – de 26 de abril a 3 de maio

Programas – de 26 de abril a 3 de maio

*O programa é ouvir o ex-embaixador dos Estados Unidos em Riad, Chas Freeman, que também foi secretário adjunto de Defesa para Assuntos de Segurança Internacional no governo Clinton. Logo após a Câmara, em Washington, aprovar legislação fornecendo 135 bilhões de reais em dotações suplementares para Israel e Gaza, dos quais 87 bilhões vão para ajuda militar de Israel, e 46 bilhões para ajuda humanitária mundial incluída aí ajuda para civis em Gaza, Freeman disse: “Isso deixa claro que os Estados Unidos se juntaram a Israel em desrespeito ao direito internacional e à decência humana”, denunciou Freeman.

*O programa é não naturalizar o que se passa na Palestina: quase 300 corpos encontrados em valas comuns na Faixa de Gaza, esta semana, com as mãos amarradas. Cerca de 20 deles ainda tinham tubos médicos conectados indicando que podem ter sido enterrados vivos, disse Mohammed Mughier, membro da Defesa Civil Palestina, na última quinta-feira. “Precisamos de exame forense de cerca de 20 corpos de pessoas que acreditamos terem sido enterradas vivas”, acrescentou Mughier à Al Jazeera.

*O maior programa universitário nos Estados Unidos, esta semana: prestigiadas e influentes universidades nacionais norte-americanas cada vez mais se juntam nos protestos contra o apoio militar fornecido pelos EUA a Israel. O lema é recorrente: Parem de financiar o genocídio em Gaza.

*Sultanas esquecidas: mulheres Chefes de Estado no Islã, lançado em fevereiro é a segunda obra de não-ficção publicada pela Editora Tabla. De autoria da socióloga marroquina Fátima Mernissi, o levantamento histórico atravessa mais de 13 séculos e revela a trajetória pouco conhecida de mulheres que chegaram ao poder nas sociedades muçulmanas.
Menissi recorreu a fontes clássicas, históricas e religiosas.

*Encontra-se na Editora Garibaldi o livro Dicionário Machado de Assis, de autoria do saudoso jornalista e escritor paulista José Carlos Ruy, líder sindicalista e membro do Conselho do Instituto Maurício Grabois. Ilustrado com imagens raras, segundo os colegas, companheiros e amigos que leram os originais do volume, é trabalho de fôlego que já está revisado, prefaciado e diagramado. Leitura imprescindível.

*O documentário de Oliver Stone sobre o presidente Lula estreia no Festival de Cannes que vem aí, de 14 a 25 de maio. Nos últimos anos, Stone tem se dedicado a produzir docs sobre políticos latino-americanos como fez com Fidel Castro e Hugo Chávez. Falando sobre o seu filme à Agência France Press, o cineasta observou: “Acho que o conceito de perseguição judicial se expandiu por todo o mundo, e tem sido usado como uma arma para fins políticos. Foi o que fizeram com Lula”. O documentário aborda o período de prisão do presidente, entre 2018 e 2019, e seu posterior retorno à ação política.

*Stone também comentou a utilização da Operação Lava Jato para impedir Lula de concorrer à presidência e para ajudar Jair Bolsonaro a se eleger.

*Mobile é o nome do projeto artístico que celebra 20 anos do grupo Circo Delírio, com 20 apresentações gratuitas em São Paulo. O espetáculo é inspirado nas migrações e na mobilidade humana “em suas dimensões corpóreas, territoriais, subjetivas, culturais; em um mundo balizado por fronteiras, romper barreiras, ampliar horizontes, conquistar espaços, relações e oportunidades para a inclusão significam um grande desafio”, diz o texto de apresentação do grupo. As apresentações serão de 27 a 29 de maio, em praças e parques. Mobile tem três personagens em um porto de onde partem para o desconhecido e onde são criados jogos e números de equilibrismo, malabarismo e acrobacias.

*A Al Jazeera noticiou, esta semana, os corpos de 180 pessoas encontrados pelos serviços de emergência palestinos em uma cova comum no pátio do Complexo Médico Nasser, na cidade do sul de Gaza Khan Yunis. Corpos de mulheres idosas e de crianças. São 14.685 crianças mortas e 9.670 mil mulheres no genocídio perpetrado pelas forças armadas do estado de Israel. Supõe-se que ainda se encontram debaixo de escombros cerca de oito mil corpos.

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*Grande programa cinematográfico: o clássico de Alain Resnais, de 1956, Nuit ET Brouillard (aqui, Noite e Nevoeiro) entrou no catálogo da plataforma Mubi e no Belas Artes à La Carte. Imperdível.

*Sergey Lavrov, Ministro das Relações Exteriores da Rússia, em entrevista ao site Sputnik, se referindo ao Ocidente: “A insistência do Ocidente no tema de infligir uma derrota à Rússia reflete agonia e histeria e não uma postura beligerante”.

*Segue a repercussão do livro de Bruno Paes Manso, A fé e o fuzil: Crime e Religião no Brasil do século XXI, lançado em setembro do ano passado. Depois de esmiuçar o mundo do crime no Rio de Janeiro em A república das milícias, Paes Manso mergulha com outro viés sobre a criminalidade no Brasil. Dessa vez, a partir de depoimentos de ex-criminosos que transformaram a vida pelo contato com a religião. O autor é jornalista e pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da USP (Editora Todavia).

*Noite de autógrafos dupla: nas livrarias, recém-lançados juntos, essa semana, na sede da Acaso Cultural, em Botafogo, no Rio de Janeiro, os livros dos professores Daniel Aarão Reis (Universidade Federal Fluminense) e de Flavio Limoncic (Unirio). Os títulos são União Soviética – da Revolução ao Fim do Comunismo, de Aarão Reis, e Estados Unidos no Século XX, de Limoncic. Ambos da Editora Contexto.

*“As revoluções russas ocorreram no início do século XX e deram origem à União Soviética, que, por sua vez, deixou de existir em 1991. Que importância esses processos históricos podem ainda ter nos dias atuais?” é a pergunta central de União Soviética, segundo sua apresentação. E no livro Estados Unidos no Século XX, a resposta a uma indagação: “Evidência da superioridade do capitalismo ou pátria de multinacionais exploradoras da gente e das riquezas alheias? No entanto, eles não são uma coisa ou outra”.

*Atenção: no próximo dia 29, no Museu Abílio Barreto, em Belo Horizonte, às 19h00, o lançamento de Por trás das chamas: Mortos e desaparecidos políticos – 60 anos do golpe de 1964, dos jornalistas e escritores Nilmário Miranda, Carlos Tibúrcio e Pedro Tierra (Hamilton Pereira). Tema: a luta contra a ditadura civil-militar e as práticas nazistas de agentes da repressão que torturaram e assassinaram militantes na Casa da Morte em Petrópolis, esquartejando seus corpos para incinerá-los na tristemente célebre Usina Cambahyba, em Campos dos Goytacazes (Editora Expressão Popular).

*E festejando com alegria os 50 anos da Revolução dos Cravos, em Portugal, o programa é ouvir mais uma vez a bela canção de Chico Buarque, um clássico da sua coleção de composições poéticas e quase sempre de resistência política. No Youtube.

*Partiu ontem, dia 25, um dos mais brilhantes críticos de cinema da mídia carioca nos anos 60/70. Ely Azeredo, assim como José Sanz, Antonio Moniz Vianna (seu cunhado), Alex Viany, José Carlos Avellar, Fernando Ferreira, Marcos Ribas, Sergio Augusto e tantos outros dessa geração iluminada, era especialmente bondoso e sempre colega e cordial. Nunca fez mal a uma mosca. Vai em paz, Ely, assistindo seus filmes preferidos. Ingmar Bergman, é claro, sempre.

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