Lula promete acabar com a fome no Brasil até o final de seu mandato
BR SEM FOME DE NOTO
O presidente Lula fez nesta terça-feira (5) “um compromisso de honra” de erradicar a fome até ao fim do seu mandato, em 2026. “É um compromisso de honra, de fé, de vida, a gente acabar com essa maldita doença chamada fome, que não deveria existir num país agrícola como o Brasil”, afirmou o presidente durante uma reunião do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, no Palácio do Planalto, em Brasília. “Ao terminar o meu mandato, no dia 31 de dezembro [de 2026], a gente não vai ter mais ninguém passando fome por falta de comida neste país”, garantiu (Correio da Manhã).
Na cerimônia, Lula assinou decretos para regulamentar o programa Cozinhas Solidárias e modificar a lista de produtos da cesta básica para incluir produtos mais saudáveis. Ele enfatizou que o governo evitará que procedimentos burocráticos atrapalhem o combate à fome.
Segundo o presidente, o seu primeiro de mandato foi dedicado a “colocar a casa em ordem”, e que agora “a casa está em ordem”. Ele reiterou que o combate a fome tem “prioridade zero” em seu governo e mostrou-se “angustiado” com o problema em outras partes do mundo, como África e Caribe (Xinhua).
EM DEFESA DAS MULHERES
O governo Lula pretende reduzir em 10% a disparidade salarial entre homens e mulheres até o ano de 2027. A meta está incluída no Relatório da Agenda Transversal de Mulheres, que apresenta compromissos direcionados para mulheres no Plano Plurianual de 2024-2027, elaborado pelo Ministério do Planeamento e Orçamento.
O plano também pretende reduzir em 16% o número de mortes violentas de mulheres dentro de casa e em 55% a mortalidade materna, além de garantir que, em 2027, 45,2% das mulheres estejam no mercado de trabalho formal, em comparação aos atuais 41%.
“Fazer política pública para mulheres significa fazer política para melhorar a vida das famílias desse país, porque são as mulheres que, na grande maioria, chefiam as famílias mais pobres. A gente precisa deixar visível a diversidade que nos compõe”, destacou a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.
A ministra do Planejamento e Orçamento Simone Tebet reforçou as palavras da colega. “Foram as mulheres, na sua maioria, que fizeram o orçamento brasileiro. Portanto, nós temos que dedicar às mulheres brasileiras este orçamento. O que fizermos daqui pra frente tem o dedo de cada mulher”, afirmou (Prensa Latina).
UNIDOS NA PREVENÇÃO DE DESASTRES CLIMÁTICOS
Representantes de dez nações sul-americanas se reuniram nesta terça-feira (5) em Lima para participar da I Reunião Sul-Americana de Autoridades Nacionais em Gestão do Risco de Desastres, cujo objetivo principal é estabelecer uma resposta unificada e coordenada frente a desastres que possam impactar a região.
“No continente, temos diferentes níveis de preparação e culturas diversas, mas podemos aprender uns com os outros por meio das boas práticas e focar na prevenção”, afirmou o ministro da Defesa peruano Walter Astudillo na abertura do encontro. Ele também instou os presentes a manter a unidade e a solidariedade para fortalecer as capacidades de respostas e prevenção de cada um dos países.
Além do Peru, participaram do evento representantes da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Uruguai e Venezuela. Foram abordados temas como as consequências do fenômeno El Niño, a gestão do risco de desastres e a crise climática, entre outros assim. Ao final da reunião, as autoridades irão assinar a Declaração de Lima, intitulada ‘Uma América do Sul Unida na Prevenção e Resposta aos Desastres’ (El Mercurio).
REATANDO RELAÇÕES
O ministro venezuelano do Petróleo, Pedro Tedro Tellechea, afirmou nesta terça-feira (5) durante uma reunião com a embaixadora do Brasil em Caracas, Glivania María de Oliveira, que a Venezuela está buscando uma maior aproximação com investidores brasileiros no setor petrolífero, além de trabalhar para fomentar a cooperação entre os dois países.
Com o retorno do presidente Lula ao poder, Brasil e Venezuela reestabeleceram suas relações em janeiro de 2023, após quatro anos de suspensão. Em maio passado, Caracas e Brasília estabeleceram “as bases de um novo mapa de cooperação” para avançar em diferentes áreas, incluindo comércio e energia.
A Venezuela tem expandido sua cooperação com países e empresas internacionais no setor energético desde que os EUA suspenderam as sanções ao seu petróleo e gás por seis meses, em outubro passado. No entanto, Washington prometeu reverter essa decisão quando o prazo expirar, em abril, como retaliação à inabilitação da líder de extrema-direita María Corina Machado para concorrer a cargos públicos de eleição popular até 2036 (Últimas Notícias).
MILEI FECHA TÉLAM
Na manhã desta segunda-feira (4), os trabalhadores argentinos foram surpreendidos por cercas, policiais, veículos e agentes uniformizados bloqueando o prédio e impedindo o acesso à sede da agência pública de notícias Télam, deixando sem trabalho mais de 700 jornalistas, fotógrafos, técnicos, equipe de limpeza, além dos correspondentes em cada província do país.
O presidente ultradireitista Javier Milei anunciou o fechamento da Télam na última sexta-feira, em meio a uma cidade militarizada e à presença de mais de 5 mil agentes, sendo escoltado pelo Corpo de Granadeiros a cavalo, em um espetáculo para chegar da Casa Rosada até o prédio do Congresso, a poucas quadras de distância (La Jornada).
A legitimidade da ação de Milei está em xeque, já que uma lei argentina de 1974 sobre “sociedades do Estado” determina que seu encerramento também deve ser realizado por meio de uma lei, e o partido do presidente, La Libertad Avanza, não possui maioria em ambas as câmaras do Congresso. O amplo projeto de lei e o megadecreto de necessidade e urgência lançados pelo governo, que buscam substituir ou criar cerca de mil leis, tinham a agência de notícias como alvo para encerramento, mas a validade de ambas as normas ainda está em discussão (elDiarioAR).
*Imagem em destaque: Brasília (DF), 05/03/2024 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa da abertura da 1ª Reunião Plenária Ordinária do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), no Palácio do Planalto. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil