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Lula celebra Brasil como a oitava maior economia mundial: “Estamos no rumo certo”

Lula celebra Brasil como a oitava maior economia mundial: “Estamos no rumo certo”

“NO RUMO CERTO”

O Brasil se tornou a oitava economia do mundo em termos de PIB, ultrapassando a Itália, após um crescimento de 0,8% no primeiro trimestre de 2024. O desempenho, acima das expectativas do mercado, marca uma mudança após dois períodos de estagnação (0,1 no terceiro trimestre de 2023 e -0,1 no quarto).

“Mais uma prova de que estamos no rumo certo”, escreveu o presidente Lula, em seu perfil no X, ao divulgar um gráfico dos nove principais países em PIB – de acordo com dados do FMI: Estados Unidos (29.081 trilhões de dólares), China (18.889 trilhões), Alemanha (4.642 trilhões), Japão (4.167 trilhões), Índia (4.051 trilhões), Reino Unido (3.549 trilhões), França (3.156 trilhões), Brasil (2.362 trilhões) e Itália (2.346 trilhões).

Em uma coletiva de imprensa com seu colega espanhol, Carlos Cuerpo, em Roma, nesta terça-feira (4), o ministro da Fazenda Fernando Haddad afirmou que o crescimento econômico do primeiro trimestre esteve bastante alinhado com as projeções do ministério.

O aumento do PIB no primeiro trimestre foi 2,5% maior em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Setorialmente, a expansão foi impulsionada pela agricultura, que cresceu 11,3% em relação ao trimestre anterior, e pelos serviços, com uma expansão de 1,4%. A indústria registrou uma pequena variação negativa de 0,1%, considerada estabilidade pelo IBGE.

Rebeca Palis, analista do IBGE, destaca que o crescimento foi impulsionado pelo aumento contínuo dos gastos familiares, resultado da melhoria no mercado de trabalho, das taxas de juros mais baixas, da inflação moderada e dos programas governamentais de auxílio às famílias, além do papel crucial do comércio varejista e serviços pessoais, dentre outros fatores.

A taxa de desemprego no Brasil atingiu 7,5% no trimestre móvel de fevereiro a abril, uma queda de um ponto percentual em relação à taxa de 8,5% no mesmo período de 2023 (La Nación).

DEMOCRATAS, UNI-VOS!

Durante um encontro com seu colega croata Zoran Milanovic, o presidente Lula enfatizou a importância da união entre os democratas nas eleições parlamentares europeias, alertando para a ameaça do extremismo político e da manipulação da informação tanto na América Latina quanto na União Europeia.

Lula também destacou as semelhanças entre Brasil e UE no combate às mudanças climáticas e na defesa do multilateralismo. Milanovic concordou com a necessidade de uma abordagem global na luta contra desafios internacionais e apoiou a posição do Brasil quanto à reforma das Nações Unidas para dar mais representatividade aos países emergentes (Infobae).

TRIBUTAÇÃO (GLOBALMENTE) JUSTA

Os ministros da Economia da Espanha, Carlos Cuerpo, e da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, encontraram-se em Roma nesta terça-feira (4) para discutir a proposta brasileira de estabelecer um imposto mínimo global para tributar os super-ricos.

Cuerpo expressou apoio à iniciativa durante uma conferência de imprensa, afirmando que a Espanha promove a proposta como um passo crucial para alcançar um “crescimento mais equitativo” globalmente, com o G-20 sendo o fórum ideal para discutir uma “tributação justa” das grandes fortunas, e ressaltou que esse acordo potencial não só fortaleceria a coesão social, essencial para o crescimento sustentável e a defesa das democracias, mas também contribuiria para a luta contra a desigualdade.

Os ministros também discutiram o fortalecimento da arquitetura financeira internacional e os desafios decorrentes da crise da dívida nos países em desenvolvimento, tema que será aprofundado nesta quarta (5) em um fórum na Cidade do Vaticano, com a participação de especialistas e acadêmicos.

Haddad, em sua mensagem na rede social X, afirmou que o Brasil continuará a impulsionar a agenda global sobre a tributação dos super-ricos, e mencionou as negociações do acordo de comércio entre a União Europeia e o Mercosul, enfatizando que a aproximação entre Brasil e Espanha, bem como entre a América do Sul e a União Europeia, é de interesse mútuo, podendo gerar parcerias comerciais e estratégicas em áreas como meio ambiente, defesa da democracia e justiça tributária e social.

Cuerpo reiterou o compromisso da Espanha em concretizar o acordo, destacando seu potencial para se tornar o maior acordo comercial do mundo, beneficiando tanto a Europa quanto a América Latina. A presidência brasileira do G-20, que este ano incluiu a participação de observadores de países como Portugal, Angola e Emirados Árabes Unidos, culminará com a Cúpula de chefes de Estado e de Governo no Rio de Janeiro, em novembro (Correio da Manhã).

PARCIAL, E AGORA RÉU

O ex-juiz da Lava Jato e atual senador Sérgio Moro se tornou réu no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (4), após decisão unânime dos cinco ministros da Primeira Turma. A acusação, feita pelo Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, envolve calúnia contra o também ministro do STF, Gilmar Mendes. Moro foi filmado durante uma festa em 2023 alegando que Mendes vendia decisões judiciais, incluindo habeas corpus, em troca de benefícios financeiros.

O ex-juiz afirmou que suas palavras foram em tom de brincadeira, mas o PGR argumentou que a acusação foi grave e deliberada. A relatora do caso, ministra Carmen Lúcia, concordou, afirmando que brincadeira não justifica acusações tão sérias.

Esta é mais uma complicação para Moro, que já enfrenta outros processos no Conselho Nacional de Justiça e no próprio STF, onde suas decisões na Lava Jato foram anuladas por suspeita de parcialidade. Na esfera política, ele também enfrenta desafios, apesar de ter evitado recentemente um processo no Tribunal Superior Eleitoral que poderia ter invalidado seu mandato como senador (Correio da Manhã).

BRASIL, COLÓMBIA, OJO!

Antonio Ecarri, candidato à Presidência da Venezuela, fez um apelo nesta terça-feira (4) para que Colômbia e Brasil reconsiderem sua decisão de não enviar observadores para as eleições de 28 de julho em seu país.

Durante uma reunião com o reitor do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Ecarri enfatizou a importância de evitar extremos políticos que possam prejudicar o processo democrático venezuelano, e também solicitou ao CNE que reavalie a anulação do convite à União Europeia para observar as eleições presidenciais, argumentando que a presença de observadores internacionais é crucial para garantir a transparência e legitimidade do processo eleitoral.

O ministro das Relações Exteriores Luis Gilberto Murillo explicou que a falta de tempo impediu o envio de observadores técnicos por parte da Colômbia. Já o Tribunal Superior Eleitoral do Brasil confirmou que também não enviará observadores, sem fornecer explicações ou confirmar a participação em uma possível missão do Brics, composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, convidado pela Venezuela (El Mercurio via AFP).

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*Público: Cientistas afirmam que as mudanças climáticas dobraram a probabilidade de enchentes no Brasil. Lincoln Alves, pesquisador do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), explica que as chuvas no sul do país se tornaram de 6% a 9% mais intensas devido à combinação de dados meteorológicos e modelos climáticos, evidenciando uma mudança significativa no clima brasileiro.

*Guardian: Cientistas alertam que calamidades na mesma escala do desastre que matou 169 pessoas no RS se tornarão mais comuns se as emissões não forem reduzidas.

*Prensa Latina: O Brasil lidera hoje a lista de países com o maior número de notificações de dengue em 2024, com cerca de seis milhões e trezentos mil casos prováveis da doença, dos quais mais de três milhões foram confirmados em laboratório.

*IPS: Um projeto piloto de energia solar, implementado em uma comunidade de baixa renda construída pelo programa “Minha Casa Minha Vida” em Juazeiro, Nordeste do Brasil, terminou em fracasso. A iniciativa, que envolveu a instalação de 9.144 painéis solares nos telhados de 174 prédios, visava gerar renda extra para os moradores e financiar melhorias na comunidade, como urbanização e serviços de saúde. No entanto, em 2016, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) cancelou a autorização para o funcionamento da miniusina solar, citando falta de conformidade com regulamentações específicas.

*Imagem em destaque: Ricardo Stuckert/PR

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