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Apagão afeta todo o território nacional, exceto Roraima

Apagão afeta todo o território nacional, exceto Roraima

Causa do incidente ainda não foi divulgada pelo ONS; E mais: Santiago Peña assume presidência no Paraguai; as diferenças e semelhanças entre Milei, Trump e Bolsonaro; governo culpa FMI por resultado de primárias argentinas

O Brazilian Report foi um dos veículos da mídia internacional que deram destaque ao apagão ocorrido nesta terça-feira, às 8h31, afetando todo o território nacional brasileiro, com exceção do estado de Roraima, que não está integrado ao sistema elétrico nacional. A causa do incidente ainda não foi divulgada pelo Operador Nacional do Sistema (ONS). Até o final da manhã, a energia foi restaurada em grande parte das localidades afetadas. A interrupção teve um impacto de 25% na carga total do sistema, correspondendo a 16 mil MW.

Nas cidades metropolitanas de São Paulo, Minas Gerais e Bahia, houve cortes de energia que levaram passageiros a saírem dos trens durante o período de falta de luz. Semáforos ficaram inoperantes nas capitais do Norte do país, e relatos indicam que escolas e estabelecimentos comerciais fecharam em várias regiões.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira estava no Paraguai junto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e retornou ao país ao ser informado do problema. José Marengo, coordenador do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, indicou que a provável causa desse blecaute é de natureza operacional, não relacionada à situação de seca.

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No uruguaio La Diaria, a posse de Santiago Peña como presidente do Paraguai. Líder do Partido Colorado, Peña assumiu o cargo após vencer as eleições em abril. Durante a cerimônia de posse, ele agradeceu a Horacio Cartes – considerado seu padrinho político – por promover a unidade partidária e delineou suas metas para o país, incluindo a criação de empregos, melhorias na saúde, educação e qualidade de vida da população.

Peña também fez uma comparação entre a guerra na Ucrânia e a Guerra da Tríplice Aliança, destacando as perdas territoriais e populacionais que o Paraguai sofreu no conflito do século XIX.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros líderes sul-americanos estiveram presentes na cerimônia. O novo presidente enfatizou a importância do crescimento econômico sustentável e acredita que políticas de mercado aberto são essenciais para erradicar a pobreza.

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No argentino La Nación, destaque para as comparações entre Javier Milei, Donald Trump e Jair Bolsonaro, despertando análises sobre suas semelhanças e diferenças depois da surpreendente vitória de Milei nas eleições Primárias Abertas Simultâneas e Obligatórias (PASO).

A publicação salienta que, enquanto os três líderes compartilham características de estilo e estratégia populista de direita, também apresentam divergências fundamentais.

As semelhanças residem em seu apelo personalista, anti-establishment e discurso disruptivo, desafiando a estrutura política convencional. Milei, como Trump e Bolsonaro, utiliza as redes sociais para se conectar diretamente com seus seguidores. Ideais conservadores, como negação das mudanças climáticas, oposição ao aborto e apoio à posse de armas, são compartilhados por todos, refletindo um conservadorismo social.

No entanto, existem diferenças notáveis. Bolsonaro possui forte apoio de grupos evangélicos e militares, enquanto Trump construiu uma coalizão com o Partido Republicano. Milei, por sua vez, é mais outsider, com uma base política mais frágil. Além disso, suas posturas em questões sociais, como a visão sobre o casamento homossexual, divergem.

Economicamente, Milei se aproxima mais de Bolsonaro, com uma postura mais pró-mercado, enquanto Trump adotou uma abordagem protecionista.

A análise global revela que, embora compartilhem elementos populistas de direita, Milei, Trump e Bolsonaro também possuem diferenças significativas em suas trajetórias políticas, bases de apoio e visões sociais. O caminho futuro de Milei pode ser moldado por lições tiradas das experiências de Trump e Bolsonaro, incluindo a necessidade de construir coalizões e lidar com desafios inerentes a um governo sem estruturas partidárias consolidadas.

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Segundo a edição argentina do La Política Online, o governo brasileiro responsabiliza o Fundo Monetário Internacional pela derrota de Sergio Massa, candidato peronista à presidência. O texto enfatiza que a inquietação no Brasil está ligada às implicações de ter como um dos principais parceiros um governo ultraliberal. O governo brasileiro interpreta que Milei compartilha uma perspectiva semelhante a Bolsonaro e Paulo Guedes em relação ao Mercosul, e uma forte oposição às lógicas do bloco poderia resultar em um novo período de estagnação.

“Ele propõe a eliminação do Mercosul e sua transformação em uma zona de livre comércio. Isso claramente representa um problema se ele vencer”, teria afirmado uma fonte da LPO em Brasília, que também informou que o governo brasileiro culpa o FMI por atrasar o acordo e os repasses financeiros, agravando a crise econômica que teria levado ao crescimento exponencial do movimento libertário.

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“No Brasil, o bolsonarismo comemorou a eleição de Javier Milei”, diz a chamada de reportagem do uruguaio Ámbito, destacando as palavras dodeputado federal Eduardo Bolsonaro, que considerou a vitória de Milei “um excelente começo para o que pode ser a mudança que a Argentina precisa”.

O texto também trata dos avanços na investigação contra o ex-presidente. Além de o Tribunal Superior Eleitoral tê-lo tornado inelegível por minar a transparência do sistema eleitoral, Jair Bolsonaro é alvo de investigação por suspeita de roubo e venda de joias recebidas em missões oficiais.

As investigações indicam que ele e sua equipe usaram o avião presidencial para levar bens valiosos aos Estados Unidos, um dia antes de ele deixar o cargo, evitando a transição de poder para seu sucessor. As joias teriam sido encaminhadas a lojas especializadas em Miami, Nova Iorque e Willow Grove.

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Em um artigo publicado no argentino Página/12, Eric Nepomuceno lança duas dúvidas; a primeira: surgirão novos escândalos envolvendo Jair Bolsonaro, sua família e seus assistentes? A segunda: quando ele será preso?

*Imagem em destaque: (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

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