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Selic a 13,75%: “Eles que paguem o preço pelo que estão fazendo”, afirmou Lula

Selic a 13,75%: “Eles que paguem o preço pelo que estão fazendo”, afirmou Lula

Presidente se manifestou sobre a decisão do Banco Central que manteve a taxa Selic a 13,75 %, travando o investimento produtivo do país. “A História julgará cada um de nós”, afirmou. Amanhã, Lula viaja a China que, em aceno positivo, acaba de suspender a proibição da importação de carne bovina brasileira que vigorava no país

“Como presidente da República, não posso ficar discutindo cada relatório do Copom. Eu não posso. Eles paguem o preço pelo que eles estão fazendo. A História julgará cada um de nós”, disse Lula diante da decisão do Copom em manter a Selic a 13,75% (UOL). A queda de braços entre mercado e o Executivo vem sendo acompanhada por agências como a Reuters.

A manutenção da Selic se dá no mesmo dia em que o FED, o BC norte-americano, aumentou pela nona vez a taxa de juros dos EUA (New York Times). A alta foi de 0,25 ponto percentual dos juros e o intervalo das taxas passou de 4,5% a 4,75% para 4,75% a 5% ao ano. “Com decisão do Copom, Brasil continua com a maior taxa de juros reais do mundo” (O Globo) pela 4ª vez consecutiva.

As ameaças de morte do Primeiro Comando da Capital (PCC) e a reação do Judiciário brasileiro também estão nas notícias internacionais desde ontem (confira FOCUS anterior). Página 12 aponta que o PCC planejava assassinar diferentes autoridades e que segundo a investigação, as agressões e homicídios aconteceriam simultaneamente em cinco estados brasileiros. Entre as autoridades, está o senador Sergio Moro, como apontam as reportagens da AP News e da Reuters sobre o caso.

O Brasil também inspira outras pautas na mídia internacional, em particular, as políticas de Lula que ganham atenção do NODAL, agência de notícias da América Latina Y Caribe, com foco no relançamento do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) para fortalecer a agricultura familiar e garantir a segurança alimentar da população mais vulnerável. As medidas anunciadas ontem, de fomento à cultura, também são destacados na Prensa Latina.

E três boas notícias no La Nacion: o reforço anunciado ontem pela Noruega no Fundo da Amazônia no Brasil. O compromisso, de Madrid, do presidente da empresa Iberdrola, Ignacio Galán, a investir 30 milhões de reais nos próximos três anos no Brasil, para continuar desenvolvendo projetos renováveis e de redes (La Nacion).  Também destaque para a entrevista do embaixador Celso Amorim, chefe da Assessoria Especial da Presidência da República, ao jornal Valor Econômico, onde comenta sobre “Belt&Road”, o Cinturão da Rota da Seda, iniciativa chinesa de investimentos globais em infraestrutura.

Amorim aponta que este “pode ser um dos assuntos discutidos entre Lula e o presidente a China, Xi Jinping na viagem programada para amanhã”.

O presidente chinês acaba de retornar da Rússia. Segundo Global Times, os dois países chegaram a consensos significativos sobre a crise da Ucrânia, significativos, “inclusive concordando que os propósitos e princípios da Carta da ONU devem ser observados e o direito internacional deve ser respeitado. Analistas disseram que os consensos entre os dois países estabelecem uma base para iniciar um potencial processo de paz, e a China continuará se envolvendo com outros membros importantes da comunidade internacional e partes envolvidas para discutir mais a mediação. As relações China-Rússia vão muito além do âmbito bilateral e são cruciais para o mundo e o futuro da humanidade, disse Xi em uma coletiva de imprensa conjunta com o presidente russo, Vladimir Putin, na terça-feira.”

Às vésperas da chegada de Lula, o ministério da agricultura chinês anunciou a suspensão da proibição à importação da carne bovina brasileira (Bloomberg).

No El Diário, Eleonora Gosman analisa viagens de Lula aos EUA, 40 dias atrás, e agora a país asiático. “A primeira (EUA) não teve nenhum acordo econômico firmado entre os dois governantes, além da declaração conjunta. A esse convite [China], por outro lado, Lula traz 180 empresários, dirigentes de empresas agrícolas, agroindustriais, industriais e financeiras (o grupo representa 140 setores da economia). Também lidera um tribunal de 22 parlamentares e vários de seus ministros”.

“Fontes diplomáticas de Brasília dizem que há 30 projetos em andamento entre os dois países, incluindo questões ambientais e a construção de um satélite sino-brasileiro (…) Entre 2012 e 2022, as vendas totais do Brasil para o gigante mercado asiático somaram 302 bilhões de dólares. A década anterior (2001-2011) havia somado 45.000 milhões da moeda norte-americana”, complementa.

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