Programas 24 de novembro a 1 de dezembro
* Lançamento do livro “As igrejas evangélicas na ditadura militar – Dos abusos do poder à resistência cristã”, de Anivaldo Padilha Jorge, Atílio Iulianelli (in memorian), Luci Buff e Magali Cunha, na 22ª Campanha Primavera para a Vida.
* De olho no filme Living, de Oliver Hermanus, filme britânico que acaba de ser apresentado e aclamado no Festival de Cinema de Mar del Plata
* E muito mais
* As igrejas evangélicas na ditadura militar – Dos abusos do poder à resistência cristã é o livro de Anivaldo Padilha Jorge, Atílio Iulianelli (in memorian), Luci Buff e Magali Cunha com lançamento no próximo dia 27, na 22ª Campanha Primavera para a Vida. O tema é a atuação de grupos evangélicos durante a ditadura civil-militar e o enfrentamento aos desafios do tempo de agora para incentivar a renovação crítica da relação igreja/ sociedade.
* A obra é fruto das importantes apurações da Comissão Nacional da Verdade (CNV) no Grupo de Trabalho O papel das igrejas durante a ditadura. Os quatro autores coletaram testemunhos e investigaram o vasto material de documentos sobre o período.
* Um programa de saudade e de homenagem ao extraordinário músico, cantor e compositor cubano Pablo Milanés que morreu, aos 79 anos, no último dia 21. Uma voz emblemática da trilha sonora da geração dos anos 60 e grande amigo de Chico Buarque, o artista pode ser ouvido e lembrado aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ZSCKHBCELug c chico
https://www.youtube.com/watch?v=-s62mCDwsIA ele sozinho com yolanda
* Outro programa também de grande saudade e em homenagem ao nosso ‘Gigante Gentil’, ao ‘Tremendão’ Erasmo Carlos, outra super estrela que se vai, legenda da geração dos anos 60. Relembrado pelo cineasta Kleber Mendonça com sua letra Pega na Mentira: “Em Copacabana não tem argentino/Sou mais moço que um menino…/Vi Papai Noel numa favela/O Brasil não gosta de novela…/Pega na Mentira! Obrigado Erasmo, eu tinha 13 anos e adorei a letra”, escreveu Mendonça.
*Ao som da melodia de Festa de Arromba, Erasmo Carlos fez pequeno discurso no palco do lotado Teatro Guaíra, em Curitiba, durante sua última apresentação para grandes platéias, 16 de setembro último. Falou sobre a importância de a sociedade zelar pelas novas gerações. “O futuro pertence… à jovem guarda!”, gritou, fazendo trocadilho com o movimento que o revelou e com o título de seu último álbum. https://www.youtube.com/watch?v=90J-t4S_K0E
* De olho no filme Living, de Oliver Hermanus, filme britânico que acaba de ser apresentado e aclamado no Festival de Cinema de Mar del Plata. Promete ser fenômeno comercial. É uma releitura do livro do Prêmio Nobel Kazuo Ishiguro (Não Me Abandone Jamais) com notável performance do veterano ator inglês Bill Nighy, protagonista da saga da vida durante a velhice retratada pelo filme.
* China — luzes e sombras, sons e sonhos é o tema da 7ª Mostra de Cinema Chinês de São Paulo promovida pelo Instituto Confúcio na Unesp. Até o dia 30. Na programação, a seleção de oito títulos contemporâneos e premiados disponíveis na plataforma do Centro Cultural São Paulo A curadoria é de Shi Wenxue, mestre em Ciências do Cinema pela Academia de Cinema de Pequim, e de Lilith Li, que foi coordenadora do Festival Internacional de Cinema de Macau.
* Na programação, As galochas de Wangdrak, de Lhapal Gyal, indicado ao Urso de Cristal do Festival de Cinema de Berlim e a premiada animação Reino de Terracota, de Ding Liang e Lin Yongchang. Plataforma: ccsplay.com.br
* Com apoio do Grupo Prerrogativas, os cineastas Lucas e Gabriel Mesquita lançam o documentário Eles Poderiam Estar Vivos. É uma análise do comportamento do atual presidente da República diante da mais grave crise sanitária enfrentada pela humanidade em 100 anos – a pandemia de Covid-19. Com depoimentos de familiares de pessoas que morreram de Covid a poucos dias de se vacinarem, o doc demonstra como o atual presidente pode ser culpado por mais da metade das mortes por Covid-19 ocorridas no Brasil. O vídeo relembra que, enquanto líderes do mundo inteiro incentivavam o uso de máscaras e correram para comprar vacinas o mais rápido possível, ele apostava no negacionsimo, em remédios ineficazes e se valia de argumentos pífios para adiar a compra da vacina.
* Duas leituras recomendadas de edições recentes da Boitempo: Repensar Marx e os marxismos, do italiano Marcello Musto, que reconstrói etapas da biografia intelectual de Marx ainda pouco conhecidas ou mal compreendidas, como sua formação cultural durante a juventude, os estudos de economia política e os primeiros esboços do que viria a ser os escritos de O capital. A outra leitura: Descolonizar: abrindo a história do presente, do sociólogo português Boaventura de Sousa Santos, reflexões e tarefas para a “descolonização” real e material do Brasil.
* Os militares e a crise brasileira, (Ed. Alameda) organizado por João Roberto Martins Filho, professor da Universidade Federal de São Carlos onde criou o Arquivo de Política Militar Ana Lagôa. Programa de leitura necessária. Obra coletiva com textos que procuram entender as raízes, o significado e as perspectivas da participação castrense na crise brasileira; um quadro que ajuda a esclarecer o papel dos fardados no governo atual com a liderança de um capitão, dono de uma fé de ofício pobre, reprovável, brutal e curta. Segundo a editora: ”Por que tantos generais se dispuseram a patrocinar a elevação a comandante em chefe das Forças Armadas do pequeno oficial ambicioso e indisciplinado dos anos 1980, que saiu do Exército pela porta dos fundos? Por que se empenharam em influir diretamente na crise política? Por que militaram ativamente na campanha eleitoral? Por que aceitam ser cúmplices do governo atual? Temas relacionados aos perigos da presença das Forças Armadas no poder. Não se trata de obra de ocasião; é a resposta oportuna de um grupo de especialistas independentes e críticos ao desafio de entender a crucial participação castrense na crise brasileira”.
* O Cine PE 2022 volta ao cinema São Luiz, de Recife. Confira a programação desse Festival do Audiovisual em sua 26ª edição. De 9 a 14 de dezembro, com seis longas na principal mostra e a exibição do aguardado Vermelho Monet, de Halder Gomes, na abertura. Expectativa para o doc curta-metragem A Vida Secreta de Delly, de Marlom Meirelles. Conta a história de Edelfan Batista, que enfrentou o preconceito e o abandono antes de se tornar a voz dos catadores de Nova Vila Claudete, no Cabo de Santo Agostinho. CINE PE 2022: vale conferir a programação completa.
* De olho no Oscar, que vem aí, no começo de 2023. O badalado (e brilhante) filme Argentina 1985 vai concorrer com o brasileiro Marte Um na categoria Melhor Filme Estrangeiro.
* Até 18 de dezembro personagens do cartunista Ziraldo, que completou 90 anos em outubro passado, podem ser visitados na exposição Mundo Zira – Ziraldo Interativo, no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília. Seus fãs, de qualquer idade, interagem com o universo desses personagens queridos de várias gerações de crianças brasileiras. Entrada gratuita.
*Jogo de cena (Alameda), de Juliana Muylaert Mager é outra leitura atraente. O estímulo à narrativa testemunhal ganha contornos complexos no documentário tratado nesse livro. No filme de Eduardo Coutinho analisado pela autora, narrativas em primeira pessoa dirigidas ao público o transforma em testemunha do ato de testemunhar. Uma pista explorada na obra no destaque de territórios comuns do cinema e da história.
* Primeira Terra: este livro do jornalista Ayrton Centeno conta com detalhes de romance a ocupação da Fazenda Sarandi, em 1979; antes da fundação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Lançado este ano, é, segundo a sua Editora, a Autografia, ”fruto do esforço pessoal do repórter e, por sua amplitude e contundência, um épico do jornalismo que merece ser lido e discutido tanto pelas histórias que conta como pela linguagem enxuta com que fala dos párias da sociedade brasileira. Nesse aspecto, Primeira Terra é uma lição de jornalismo”.
(L.M.A.R.)
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