Governo e plataformas digitais se unem no combate à desinformação sobre vacinas
O governo federal lançou nesta terça-feira (24) uma estratégia nacional de combate à desinformação sobre vacinas com a colaboração de redes sociais como TikTok, Kwai, YouTube, Meta e Google, relata a agência espanhola EFE. Antes um dos líderes mundiais em cobertura vacinal, o Brasil viu seus índices de vacinação – especialmente entre crianças – caírem drasticamente nos últimos anos.
A ministra da Saúde Nísia Trindade enfatizou a importância de enfrentar o negacionismo e a desinformação que ameaçam a saúde da população brasileira. Ela responsabiliza o governo anterior por disseminar dúvidas infundadas e desinformação sobre a eficácia das vacinas. O programa de combate às fake news consiste em cinco pilares: cooperação institucional, comunicação estratégica, formação de profissionais de saúde, análise da desinformação e responsabilização de seus autores.
Em parceria com as plataformas, a iniciativa interministerial Saúde com Ciência inclui ações como divulgação de conteúdo confiável, direcionamento de usuários para páginas do Ministério da Saúde e criação de chatbot para responder dúvidas via Whatsapp. Nísia enfatizou que a vacina desempenha um papel crucial na melhoria da saúde e na redução da mortalidade infantil e que combater a desinformação é uma batalha vital.
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A crítica de Lula à reação de Israel contra os palestinos ganhou destaque no argentino La Nación. “Não é porque o Hamas cometeu um ato terrorista contra Israel, que Israel tem que matar milhões de inocentes. Não é possível que as pessoas não tenham sensibilidade”, pontuou o presidente durante seu podcast semanal Conversa com o Presidente. Ele insistiu em “uma mesa de negociações” para tornar possível que “Israel fique com o território que é seu e que está demarcado pela ONU e que os palestinos tenham o direito de ter a sua terra. É simples assim e não precisa ninguém ficar invadindo a terra de ninguém”.
O presidente ainda fez um apelo pelas crianças palestinas, destacando a necessidade de se “garantir o corredor humanitário, para que as pessoas possam receber água, comida, remédio. Garantir que não falte energia elétrica nos hospitais, para que as pessoas possam ser tratadas. E garantir que não se mate mais crianças. Não tem exemplo na humanidade de guerra em que quem morre mais é criança, que não está na guerra”, disse.
E o Ministério das Relações Exteriores anunciou que a missão de repatriação de brasileiros em Israel foi concluída. Em um total de oito voos, os aviões da Força Aérea Brasileira trouxeram 1.413 pessoas de volta ao Brasil. Informa o Brazilian Report, que também destaca que um grupo de cerca de 30 brasileiros e seus familiares ainda aguarda evacuação da Faixa de Gaza. Eles permanecem abrigados nas cidades de Khan Younis e Rafah, próximas à fronteira com o Egito. De acordo com o comunicado, veículos contratados pelo governo brasileiro “permanecem em espera, aguardando autorização para o grupo atravessar” o terminal de Rafah, que está atualmente aberto exclusivamente para a entrada de assistência humanitária.
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O Rio de Janeiro sofreu uma série de ataques operados por milicianos nesta segunda-feira (23), depois que o paramilitar Mateus da Silva Resende, conhecido como Faustão, morreu em um conflito com a polícia. Segundo a Reuters, os ataques se concentraram na Zona Oeste da cidade, região onde grupos rivais lutam pelo controle territorial. “As chamadas milícias do Rio, muitas vezes compostas por atuais e ex-policiais, tornaram-se uma das maiores ameaças à segurança da região. Originalmente criados como forças de autodefesa para bairros pobres assolados por gangues de traficantes, eles agora se transformaram em grupos criminosos que operam em vários esquemas diferentes”, destaca a agência de notícias.
“Os criminosos incendiaram pelo menos 36 ônibus, quatro caminhões e um trem, aparentemente em retaliação pelo assassinato de um alto líder paramilitar pela polícia”, reporta o britânico Guardian, destacando que “especialistas em segurança descreveram os ataques desta segunda-feira como uma ofensiva descarada contra as autoridades do Rio, que expôs o fracasso dos sucessivos governos em controlar o crime organizado”.
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Membros da CPI dos Atos Golpistas entregaram nesta terça-feira (24) o relatório final da comissão ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Elaborado pela senadora Eliziane Gama, o documento, aprovado na última quarta-feira (18), pede o indiciamento de 61 pessoas, entre elas o ex-presidente inelegível, relata publicação da agência cubana Prensa Latina, que também traz a notícia do julgamento pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta terça-feira (24), do ex-presidente e de seu então candidato a vice, Walter Braga Netto, acusados de abuso de poder político e econômico, e uso indevido dos meios de comunicação para beneficiar suas candidaturas com a participação em eventos oficiais do Bicentenário da Independência do Brasil, comemorando em 7 de setembro de 2022.
*Imagem em destaque: Brasília (DF), 24/10/2023, A ministra da Saúde, Nísia Trindade, tendo a esquerda o presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, durante lançamento do programa Saúde com Ciência. O evento aconteceu no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB). Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil